かつて「日本語指導が必要な児童生徒」だった城間さんについて(ポルトガル訳1/2)
研究室からこんにちは(短期大学)
※城間かおりさんが、いまはブラジル在住のご両親にも読んでいただけるように、こちらのブログの原稿をポルトガル語に翻訳しました。
Sobre a Shiroma-san, uma das pessoas que um dia foram crianças que necessitavam de auxílio no idioma japonês
Um olá do gabinete de estudos (Kawasaki Naoko)
Edição novembro de 2017
Olá, sou Naoko Kawasaki responsável pelo curso de Educação do idioma japonês.
Em 2005 ergui um grupo voluntário e durante 12 anos, como uma parte da atividade social demos auxílio as crianças e pais de origem estrangeiras. Nosso grupo teve uma nova largada em 2015 passamos a ser uma corporação em pessoa jurídica.
Na cidade onde atuo: Kanie-cho (蟹江町), iniciamos o “Curso preparatório de instrutores da Pré-escola 2017 (Projeto do Ministério de Assuntos Internos e Comunicações: Formar, Construir CIDADE, PESSOAS e SERVIÇOS(「総務省 まち、ひと、しごと創生事業」) ”. Realizando de 4 de setembro a 18 de dezembro, este curso é promovido pelo Departamento de Promoção da Educação Infantil, e estamos com a nossa segunda turma de 19 alunos.
Nas primeiras 4 aulas tratamos sobres os seguintes assuntos: em quais condições as crianças de origem estrangeira se encontram, o ambiente que as cercam, quanto é a capacidade de linguagem de uma criança vivendo em dois idiomas (línguas materna e a japonesa), gramática para o ensino do idioma japonês, assistência às crianças com distúrbios no desenvolvimento, etc. Na nossa 5ª aula, realizada no dia 16 de outubro, escutamos a história de duas pessoas, uma Chinesa e uma Brasileira.
Uma delas foi a Débora Kaori Siroma. Nascida no Brasil, é recém formada em setembro no Curso de Educação do Idioma Japonês da Faculdade de curto prazo AICHI SANGYOU DAIGAKU. Sendo uma das crianças que um dia necessitou de auxílo no idioma japonês, Débora nos contou sobre si, a família, e a comparação do auxílio que as crianças recebem hoje e há 17 anos atrás.
Vários estudantes de origem estrangeira: China, Taiwan, Filipinas, Russia e Brasil, estudam nesta faculdade. Em especial, os estudantes nipo brasileiros, são aqueles que vieram para o Japão ainda crianças.
Para poder suprir a falta de mão de obra causada pela “Economia Bolha (バブル景気)”,o Japão alterou a “Lei de Controle de Imigração (出入国管理及び難民認定法)” permitindo serviços operários, em principal aos descendentes japoneses (até a terceira geração) residentes na América do Sul. Assim, 170mil descendentes vieram trabalhar como “decasséguis” no Japão. Junto com eles vieram também seus filhos nascidos, criados no Brasil, sem conhecimento do idioma japonês.
O Ministério da Educação nomeia estas crianças como “Crianças estrangeiras que necessitam de auxílio no idioma japonês (日本語指導が必要な外国人児童生徒)” . As crianças que vieram junto com seus pais decasséguis, não são como os bolsistas estrangeiros. Elas não escolheram vir ao Japão por vontade própria. Além disso, no Japão, os estudos no ensino fundamental não são obrigatórios para as crianças estrangeiras. As escolas aceitam somente caso o responsável tenha o desejo de matricular sua criança na escola japonesa.
A história que a Débora nos contou no dia 16 também foi a história de uma dessas crianças. Chegou no Japão com 10 anos e entrou na escola pública japonesa sem compreender o idioma japonês. No Brasil, ela vivia dias calmos com a família. Mas no Japão, como os pais trabalhavam longas horas na fábrica fazendo horas extras, eles já não tinham tanto tempo para a família. Quando se deram conta, as crianças sabiam falar mais que os pais, que dependiam dos filhos para a comunicação cotidiana, e tudo isso foi desgastando a família.
Após terminar o ensino fundamental, Débora fez o ensino médio por correspondência e ingressou nesta faculdade. Como todos que estudam aqui sabem, para adquirir os créditos de cada matéria é necessário apresentar trabalhos com 2.000 letras. Na época que chegou no Japão ela mal sabia se comunicar. Apesar disso todos trabalhos que recebi estavam excelentes, e isso faz ver quantas dificuldades e empenho ela precisou para poder dominar o idioma japonês.
Sobre a Shiroma-san, uma das pessoas que um dia foram crianças que necessitavam de auxílio no idioma japonês
Um olá do gabinete de estudos (Kawasaki Naoko)
Edição novembro de 2017
Olá, sou Naoko Kawasaki responsável pelo curso de Educação do idioma japonês.
Em 2005 ergui um grupo voluntário e durante 12 anos, como uma parte da atividade social demos auxílio as crianças e pais de origem estrangeiras. Nosso grupo teve uma nova largada em 2015 passamos a ser uma corporação em pessoa jurídica.
Na cidade onde atuo: Kanie-cho (蟹江町), iniciamos o “Curso preparatório de instrutores da Pré-escola 2017 (Projeto do Ministério de Assuntos Internos e Comunicações: Formar, Construir CIDADE, PESSOAS e SERVIÇOS(「総務省 まち、ひと、しごと創生事業」) ”. Realizando de 4 de setembro a 18 de dezembro, este curso é promovido pelo Departamento de Promoção da Educação Infantil, e estamos com a nossa segunda turma de 19 alunos.
Nas primeiras 4 aulas tratamos sobres os seguintes assuntos: em quais condições as crianças de origem estrangeira se encontram, o ambiente que as cercam, quanto é a capacidade de linguagem de uma criança vivendo em dois idiomas (línguas materna e a japonesa), gramática para o ensino do idioma japonês, assistência às crianças com distúrbios no desenvolvimento, etc. Na nossa 5ª aula, realizada no dia 16 de outubro, escutamos a história de duas pessoas, uma Chinesa e uma Brasileira.
Uma delas foi a Débora Kaori Siroma. Nascida no Brasil, é recém formada em setembro no Curso de Educação do Idioma Japonês da Faculdade de curto prazo AICHI SANGYOU DAIGAKU. Sendo uma das crianças que um dia necessitou de auxílo no idioma japonês, Débora nos contou sobre si, a família, e a comparação do auxílio que as crianças recebem hoje e há 17 anos atrás.
Vários estudantes de origem estrangeira: China, Taiwan, Filipinas, Russia e Brasil, estudam nesta faculdade. Em especial, os estudantes nipo brasileiros, são aqueles que vieram para o Japão ainda crianças.
Para poder suprir a falta de mão de obra causada pela “Economia Bolha (バブル景気)”,o Japão alterou a “Lei de Controle de Imigração (出入国管理及び難民認定法)” permitindo serviços operários, em principal aos descendentes japoneses (até a terceira geração) residentes na América do Sul. Assim, 170mil descendentes vieram trabalhar como “decasséguis” no Japão. Junto com eles vieram também seus filhos nascidos, criados no Brasil, sem conhecimento do idioma japonês.
O Ministério da Educação nomeia estas crianças como “Crianças estrangeiras que necessitam de auxílio no idioma japonês (日本語指導が必要な外国人児童生徒)” . As crianças que vieram junto com seus pais decasséguis, não são como os bolsistas estrangeiros. Elas não escolheram vir ao Japão por vontade própria. Além disso, no Japão, os estudos no ensino fundamental não são obrigatórios para as crianças estrangeiras. As escolas aceitam somente caso o responsável tenha o desejo de matricular sua criança na escola japonesa.
A história que a Débora nos contou no dia 16 também foi a história de uma dessas crianças. Chegou no Japão com 10 anos e entrou na escola pública japonesa sem compreender o idioma japonês. No Brasil, ela vivia dias calmos com a família. Mas no Japão, como os pais trabalhavam longas horas na fábrica fazendo horas extras, eles já não tinham tanto tempo para a família. Quando se deram conta, as crianças sabiam falar mais que os pais, que dependiam dos filhos para a comunicação cotidiana, e tudo isso foi desgastando a família.
Após terminar o ensino fundamental, Débora fez o ensino médio por correspondência e ingressou nesta faculdade. Como todos que estudam aqui sabem, para adquirir os créditos de cada matéria é necessário apresentar trabalhos com 2.000 letras. Na época que chegou no Japão ela mal sabia se comunicar. Apesar disso todos trabalhos que recebi estavam excelentes, e isso faz ver quantas dificuldades e empenho ela precisou para poder dominar o idioma japonês.